10.12.2006

Às seteequarenta.

Eu sinto meu coração bater devagar entre seus dedos sujos. Na sua mão, que um dia me tocou.

Que horas eram, quando você disse: terminou.

Meu relógio parou.

Tudo ficou em suspenso.

Como em uma fotografia tirada em uma tarde cinzenta.

Eu, você e a dor.

Que toma tudo, já é de casa.

Eu e a dor.

Você se foi, não aparece mais. Só ficamos nós, inseperáveis. Unidas pelas lágrimas que rolam pelo meu rosto enquanto te vejo indo embora.

Mas, e se?

Sempre: e se.
Minha vida inteira eu procurei por razões, encontrei todas no fundo brilhante dos seus olhos... De que cor eram os seus olhos?
Quem ama esquece. Eu esqueci do seu rosto. Lembro-me apenas das suas palavras: doces.

Digo que sim, mas não sei se amo.
Sei que sofro.
De um mau cruel.
De um engano.
Que nem sei ao certo
Qual é.

1 comment:

Anonymous said...

Senti.