Requiem
Faças-me fria!
Alguém aí me lembre, da próxima vez que eu estiver soltando faíscas de felicidade e gritando aos sete ventos como é lindo amar que- no fim- eu vou me foder. Pode me bater, me trancar no quarto, me deixar dias sem comer. VALE TUDO! Não quero mais saber dessas coisas.
Pareço uma velha de 70 anos falando, eu sei. Apesar de não morar sozinha em um apartamento enorme cheio de gatos, nem ter perdido meu marido( que marido?!? ) na Segunda Guerra sinto-me agora como se realmente tivesse 140 anos ( no estado em que me encontro, é melhor multiplicar tudo por dois).
Estou cansada demais para pensar. Cansada demais para imaginar um final bom para essa história ridícula. De novo e mais uma vez: Toma, é tudo seu. Cansei desse jogo louco.
Preciso fazer a dor um pouco mais real, palpável. Preciso fazê-la existir de forma plena, aí sim ela desaparecerá. Enquanto for só um fantasma empurrando-me direto para um buraco negro não há nada que possa fazer.
O controle da nossa vida está conosco, certo? Errado. Qualquer um pode vir, bagunçar tudo que você passou os últimos meses arrumando e ir embora- deixando a porta aberta. E nem correr atrás do filho-da-puta você pode, por sabe que se correr, acabará implorando para que ele volte.
Caralho,
que mundo esse.
1 comment:
esquece ela, ela é feia
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