8.24.2006

::Sem título 1

Enquanto isso eu espero. Não sei exatamente o quê, mas espero. Qualquer coisa para acabar com a dor. Essa dor que me mata. Talvez eu esteja fadada a isso. Talvez seja esse o meu destino.
Se for, eu não sei. Se for, eu não vou agüentar. Já jurei tantas vezes nunca mais amar. Já pedi tanto a Deus para curar o meu coração aflito. Mas: nada.
Não sei não, querido, agora a história ficou séria. Eu não consigo mais sorrir. Eu não consigo mais ver a graça. Tudo é escuro e frio. O vento sopra as mesmas palavras mórbidas o tempo todo. O tempo que não passa.
Acho que sem você ele parou. Ele desistiu, a vida desistiu, e eu fiquei aqui. Fiquei olhando os carros passando, as folhas paradas. Ouvindo o meu coração que bate tão fraco que parece, a qualquer hora, irá parar.
Eu ainda peço a Deus para Ele te trazer de volta. Para o vento te soprar para mim. Para o mundo girar a meu favor.
Eu peço e espero.
Já passei por isso. Mas agora- não sei- parecer ser mais real. Talvez um amor de verdade, e não um inventado. Talvez sentimento de mais.
Tudo de mais.
A dor me sufoca. Tem mãos e aperta o meu pescoço até eu ficar sem ar algum. Porém não morro. Amor não mata, ele quase.
Choro. As lágrimas me fazem ver o mundo distorcido. As lágrimas são a dor. Distorce tudo, faz tudo ficar assim: sem sentido.
Nada mais tem sentido aqui.
Só você.
Teria.
Mas você...
Você não está nem aqui.

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