8.24.2006

::Sem título 2

Sempre que eu me olho no espelho lembro-me de você. Lembro-me de todos os momentos que tivemos juntos. Lembro-me de tudo.
Parece que agora eu sou apenas o que restou de nós. Sou os restos do que algum dia foi real.
Cortei meu rosto com um caco de vidro. Minha pele perfeita me soou uma chacota. Uma piada de mau gosto.
Quero me cortar mais. Ter mais cicatrizes externas que possam mostrar o que as internas não podem.
Estou escrevendo muito. É uma forma de tentar curar algo incurável: as feridas da alma.

1 comment:

Anonymous said...

ela era um anjo
mas por ter descoberto o amor
foi expulsa
arrancaram-lhe as asas
antes ela era assexuada
mas agora caida ganhou um sexo
e com o sexo veio as dores e prazeres
aquela cicatriz das asas nunca se fechou
para ela se lembrar de onde veio
e o porque está aqui
as vezes ela se esquece que é diferente, especial
mas mais uma vez veio a dor
isso a segue a vida inteira
então para nunca mais se esquecer
fez uma cicatriz visivel
para quando ela se olhar no espelho
não se iludir
anjo caido
se esquece que eu a amo
se esquece que mesmo sem suas asas
é de uma beleza unica e rara
todos já te perdoaram
menos vocÊ
se castiga,se enoja,se desdenha
a cada trago pensa em voltar
mas não há mais como voar
invés do céu o inferno
invés do amor a desilusão
demônios a procuram
para se divertirem um pouco
enquanto anjos não estão mais autorizados a lhe sorrir
não se lembra mais quando descobriu as lágrimas
só se lembra todos os dias
em seu quarto escuro que as tem
pq perdeu as asas,amor?
como poderá voar até a mim?