12.06.2006


Solidão*

Estou me sentindo tão sozinha.
Olhos para os lados e só vejo o nada. Minha janela dá para um morro verde, com milhares de árvores: ninguém.
Escrevo cartas sem destino, apenas sucessões de palavras sem nexo- sem por quê.
Já li todos os livros, e nenhum deles preenche o vazio imenso que carrego dentro do peito.
Nada: mata o monstro que me esmaga as entranhas; faz parar o sangue de pingar no chão branco do meu quarto; cria fantasias quando eu não consigo mais sonhar.
Solidão nos dias iguais aonde nada parece acontecer.

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