3.26.2007

-Lembrancas de ninguem.

Pedi tanto para que me deixassem sozinha.
Para que fossem embora dali e me deixassem quieta, com a boca entre aberta olhando para ti.
O compasso do meu coracao fazendo: tum tum ta. Como eu faco, batendo com as maos- fechadas, fechadas, abertas- em qualquer superficie quando o nervosismo e a ansiedade me visitam.
De oculos escuros para que voce nao visse meus olhos vidrados, fixos em ti. Ou seria, para que tua atencao se fixasse na menina de oculos de vo e para que quando olhasse mais de perto visse que era eu?
Mas, e se, depois de tanto tempo, nao enxergasse em mim a menina para a qual voce escreveu tantas declaracoes em guardanapos de papel?
Aproximaria-me de voce e levaria seu ouvido para junto do meu peito esquerdo. Tenho certeza que se voce ouvisse o compasso das batidas saberia que era eu.
Porem, antes de poder levantar-me colocaram a mao em meu ombro e me disseram.
Nao havia ninguem ali. Nem nunca houve.

2 comments:

Tiagho Diniz. said...

Belo derramamento primario.

Rebecca Loise said...

e eu pedindo um suco de limão.

Naty, que romantismo lindo! mas, ei, tire os óculos para ficar nua!

te amo!