3.03.2007

O pior: sempre.

Não sei exatamente porque fiquei tanto tempo sem escrever. Talvez estivesse com medo de que escritos os fatos e os sentimentos eles se tornassem reais, ou por preguiça: um pouco dos dois.
Depois que escrevo um peso sai de mim, mas quando leio o que escrevi o peso volta: muito maior.
Preguiça porque nesses dias a única coisa que eu quero e deitar e esquecer de tudo. Fingir-me de morta.
Tudo está tão inacreditavelmente ruim que anteontem eu cai da escada e quebrei o pé. Ficarei agora um mês com ele engessado. Se isso fosse uma desculpa para não sair de casa nesse mês eu estaria pulando de alegria- pulando em uma perna só, é claro.
A dor que eu senti foi descomunal, mas não justificava o grito histérico que deve ter durado uns quinze minutos, ou as lágrimas e soluços que duraram duas horas.
Achei, na dor física, uma desculpa para colocar para a fora tristeza pela dor emocional; sem que todos dissessem que eu preciso ser internada outra vez.

Moral da história: quebrar o pé pode até ser bom quando com isso você consegue expurgar um pouco da tristeza.

3 comments:

Daniela Lima: said...

Nossa, você tocou num ponto interessante: na minha, eu não tenho a liberdade de chorar, sem que me julguem demente.

Choro escondido, depois que todos dormem.

Daniela Lima: said...

*casa

Anonymous said...

olá! lamento o pé partido! as melhoras! bjs